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Domrs

16 décembre 2006

Quando chegará a hora?

O país vive dias perigosos, sem eufemismos, o assunto se refere a segurança pública, totalmente fora do controle das autoridades, pelo contrário, totalmente controlada pelos marginais. Vivemos tempos em que a figura da autoridade foi desacreditada pelo afrouxamento da legislação - típica reação dos períodos pós-ditatoriais.  A lei que garante o cidadão, garante o marginal, não há como fazer uma lei "boa" para os bons e "má" para quem é mau.

A reação que a perda da autoridade provoca - seja qual for o tipo de autoridade, paterna, do patrão, do professor, etc - é sempre a necessidade do "endurecimento" no tratamento aos submetidos a essa mesma autoridade. Ou seja, verifica-se um contra-senso, afrouxa-se as leis para "amolecer" o tratamento, aumenta a incidência de delitos e perde-se a autoridade, provocando um movimento contrário de endurecimento.

Na realidade existe um meio termo, há a necessidade de se confiar na autoridade, para isso é precis selecionar e fiscalizar melhor aqueles para quem delegamos essa autoridade. Depois é aplicar uma máxima simples: o cidadão enquanto cumpridor da lei tem que estar ao abrigo dessa mesma lei, protegido ao máximo por ela; o cidadão que transgride a lei perde seu direito, é um marginal, esta à margem dessa mesma lei que ele deveria respeitar (é uma espécie de tolerância zero).

Não se iludam! Só há uma maneira de diminuir a criminalidade: fazer ver que o crime não compensa!

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3 novembre 2006

Essa estranha publicidade

Como soa estranha essa publicidade dirigida aos bem de vida, sem se importar com as condições de vida de cada um. Esse bem de vida tem muitas conotações, mas nos fixemos apenas nos seus aspectos material e espiritual. O publicitário tenta te convencer que você só será uma pessoa feliz, realizada, se comprar determinado produto.

Será que esse mesmo publicitário - ou o anunciante - não cogitou que é possível que a maioria da população não tenha condições econômicas de realizar essa anunciada aquisição? Não se trata da falta de convencimento sobre a qualidade ou a necessidade de determinado produto, mas da falta dos recursos necessários para adquirí-lo.

Eu sei, muitos dirão que isso não é um inconveniente, que a publicidade é normalmente sedimentada para determinado público alvo. Dirão que aqueles que forem atingidos por ela indevidamente não serão "atingidos" por ela. São desculpas eficazes; cabe a cada um deles se perguntarem se isso acomoda as suas consciências. A propósito, publicitários tëm consciência? Ou somente um certo tino comercial?

Está bem! Admito, fui irônico e implacável com os publicitários. Mas tratar o povo como manada - mesmo com o argumento de que são apenas peças publicitárias - não é uma forma muito elegante de ganhar a vida. Outros dirão que é assim que funciona o comércio, e blá, blá, blá. Está bem, em nome do comércio não se pode mais pensar. O dinheiro é que move o mundo!

Enquanto isso continuaremos ouvindo (e vendo) que bancos são benéficos para a população - quase instituições angelicais de caridade! Que o verdadeiro pai compra o carro marca xyz porque se preocupa com a família - e o restante de pais que não podem comprá-lo são falsos! Que a mulher elegante usa a roupa da grife Tal - e o restante são grotescas!

Santa publicidade, Batman!

23 octobre 2006

Grandeza

Grandeza não depende de tamanho; já vi muita grandeza em pequenos e vice-versa. São ricos ricos em espírito; pobres cuja pobreza so é material, e que, espiritualmente, detém grandes fortunas. São tamanhos que nem sempre podem ser avaliados pela matemática, e que não são sempre mensuráveis. E assim muitos se enganam por julgarem precipitadamente, sem condições de avaliar o icomensurável.


13 septembre 2006

Tristeza

Na educação, o que hoje se chama de primeiro grau e seus oito anos de duração - adotado por uma revolucionária reforma no ensino do país! -, já foi um dia foi chamado de primário - com duração de cinco anos - e de ginásial - com duração de quatro - num total de nove anos. Agora a revolução na educação consiste em aumentar esse primeiro grau de oito para nove anos.

Qual a finalidade desse aumento na duração do ensino? Provavelmente pela constatação que a maioria dos nossos alunos continuam analfabetos funcionais depois de formados. E seria pelo aumento na duração do ciclo escolar que resolveríamos essa questão? Não acredito! Acredito que um aumento na duração poderia até melhorar se o que tivéssemos antes fosse bom, mas não que isso vá salvar o nosso ensino falido.

Não sou pedagogo, não tenho a menor experiência na área. E nem preciso para fazer essa afirmação: quem formava um analfabeto em oito não vai formar agora um doutor em nove. É melhor procurar o defeito em outra parte do sistema.

17 juillet 2006

Se é guerra, estou fora!

A Copa do Mundo de Futebol passou e eu passei um bom tempo sem atualizar esse blog: estava assistindo aos jogos; aconteceu o que eu julgava quase impossível: voltei a ser um expectador assíduo dos jogos - não vou dizer de futebol, porque de futebol mesmo houve pouco nessa copa.

Não digam que isso é coisa de torcedor cujo país não ganhou o troféu; acreditem ou não, claro que torço pelo meu país, mas isso não me impede que assista aos jogos como autêntico fã do esporte, gosto - como qualquer um - de ver uma partida bem jogada, independente de quem estiver jogando.

Acho que o futebol assumiu, lamentavelmente, o status de substituto das guerras; principalmente nessas disputas mundiais - quando vale uma alegada supremacia - acabou qualquer idéia associada com "fairplay", o que importa é ganhar, e ganhar a qualquer custo, num autêntico vale tudo em que entra tudo e quase nenhum futebol na receita.

Sou um romântico incorrigível, reconheço, mas eu apreciava o jogo, os gols, o espetáculo. Agora que a coisa virou arena, eu estou fora...

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21 juin 2006

Jogos

O que são ou deveriam ser estes jogos da copa do mundo de futebol de 2006 na Alemanha? Um campeonato amistoso de confraternização dos povos que tem o futebol como o esporte nacional? Ou uma disputa acirrada para mostrar quem é superior, quem é mais poderoso, mesmo que o critério seja o futebol?

Difícil dar uma resposta definitiva, todos falam em amizade, em fairplay, mas na hora dos jogos fazem destes uma guerra. Lembro da copa de 1998 na França, a comemoração não foi de quem venceu  jogos amistosos, mas a de um país que sobrepujou os seus adversários e ganhou o troféu.

Por isso, não adianta falar em fairplay ou amizade se na hora do pega, se na hora "h" todo mundo quer ganhar a qualquer custo. Se o critério é esse, eu também quero!

3 juin 2006

Definindo um teto

Definir um teto salarial não é uma medida errada para o aparato estatal, desde que a fixação desse teto seja honesta, bem intencionada e evite os exageros. Exageros para ambos os lados, que prejudiquem ou que protejam o funcionalismo, o que se quer é justiça. Vejamos, dizer: "ninguém pode ganhar mais do que o salário do presidente da república", parece uma afirmação sensata, ajustada, pois é, mas não é!

O presidente da república não tem despesas de espécie nenhuma, tudo é providenciado pelo estado, que no nosso caso ainda concede um "cartãozinho de crédito sem limite para os extrinhas". Sendo assim, o salário do presidente é só para a caderneta de poupança, não pode servir de comparação para quem tem que custear todas as suas despesas.

Ah, mas os ministros também ganham um salário igual ao do presidente! Ganham? Além de possuirem o cartãozinho mágico, possuim residências oficiais mantidas pela união - que a maioria dos mortais não têm -, possuem funções de assessorias nas estatais que rendem 2, 3 ou 4 vezes o valor do seu salário no ministério. Tem mais, muitos conseguiram bons empregos públicos para as esposas. Não servem como parâmetro!


Quem serve de teto, de parâmetro, então? Não sei, só sei que esses propalados aí acima não servem, são argumentos insinceros, sofismas que só enganam a percepção do povo sobre o problema. "Ora, como querem ganhar mais do que o presidente?" É preciso honestidade ao apresentar o problema, aliás, honestidade é matéria prima escassa nesse país...

26 mai 2006

Falar do que não se sabe...

Não gosto e tenho por princípio não falar sobre aquilo que não conheço, mas algumas vezes, porque ninguém explica adequadamente um assunto, você se obriga a emitir a sua opinião, não sem antes fazer essa ressalva que agora faço. O assunto é cíclico, se repete de tempos em tempos, a crise na agricultura. Todos falam em anos difíceis fruto de duas safras prejudicadas pelo clima, pela falta de chuvas.

Temos que reconhecer, a agricultura é uma atividade de risco, onde quem nela opera se obriga a jogar com fatores que não dependem inteiramente da sua vontade, o clima é um deles. Sei que maximizam-se lucros quando minimizam-se investimentos, mas não seria hora de pensar-se em formas artificiais de irrigação? Ou formas emergenciais de irrigação? Como eu disse inicialmente, não conheço o assunto, mas parece que se a freqüência das estações secas é grande, confiar somente na ocorrência de chuvas é uma temeridade.

Outro elemento, que não chega a ser algo exclusivo da agricultura, mas um mal das sociedades capitalistas, se refere ao chavão: "quando o meu negócio vai bem, o lucro é todo meu; quando o meu negócio vai mal, o prejuízo deve ser repartido". E é assim que tem funcionado sempre; não faz muito tempo (três anos, mais ou menos) eu conversava com um amigo que possui uma revenda de tratores no interior do estado. Ele me dizia: - Nunca ganhei tanto dinheiro como agora.

Naquela época ninguém se prontificava a dividir seus lucros, é óbvio!, mas terá alguém guardado algum dinheiro para o período das "vacas magras"? Ou é mais fácil - e lucrativo - sociabilizar os prejuízos? Eu não tenho as respostas, mas tenhos minhas dúvidas sobre o assunto.

21 mai 2006

Comemorar o aniversário?

O pessoal diz que sou muito pessimista porque eu digo a verdade, ou dou a verdadeira conotação que carregam as festas de aniversário. O que se comemora tanto? Um amontoado de anos? Aquilo que já passou? A nossa  velhice? A sobrevivência? Alguém por favor me diga qual o motivo racional de se comemorar os aniversários? Confesso que ainda estou procurando um motivo razoável para estas comemorações.

Deveriamos guardar um respeitoso silêncio no dia do nosso aniversário; deixar a data passar sem nenhum tipo de comemoração. Não me entendam mal, também não advogo que o dia deveria ser um dia de lamentações ou coisas desse tipo. O melhor mesmo é, por não representar algo positivo, deixar que o dia passe como se fosse um dia qualquer, simplesmente ignorando a data.

O meu aniversário transcorreu no último dia 19 de maio próximo passado; não pude ignorá-lo, amigos e familiares fizeram questão de lembrá-lo, sei que não fizeram por mal, mas pelo costume, pelo hábito que temos de celebrar os aniversários. Pode ser que eu consiga convencê-los nos próximas a deixar prá lá...

15 mai 2006

Liberdade e Responsabilidade

Liberdade  x Responsabilidade = é uma equação, uma balança equilibrada, onde ambos os lados são importantes, vitas. Difícil conceber uma vida sem liberdade. Difícil conceber uma vida sem responsabilidade. Uma coisa depende da outra para existir. Sem responsabilidade, que exige o reconhecimentos dos direitos do outro, nas há liberdade. Sem liberdade não há sentido na existência, viramos marionetes, joguetes, brinquedos na mão de uma mão maior. Duas realidades, que são aparentemente opostas, mas só na aparência, na essência são complementares, interdependentes.

A responsabilidade nos exige, muitas vezes, abrir mão da nossa ilimitada liberdade, cerceá-la, restringi-la em certos aspectos para benefício do todo, para benefício organizacional, para a vida em sociedade. Assim, a dita liberdade que afronta a liberdade e os direitos do grupo tem que ser cerceada em benefício do coletivo. Ouvir música, na hora, e no volume que eu quiser, parece ser um exemplo simples de liberdade que deva ser cerceada quanso se vive num grande condominio. Puro respeito a liberdade dos outros que, talvez, não queiram ouvir música, ou talvez não gostem da minha música, do meu gosto musical.

Estamos passando por uma grande crise na área da segurança brasileira. Origem do problema: social e de uma  interpretação equivocada das liberdades e das garantias individuais. Solução: complicada e de longo prazo. O país passou por um longo período sem liberdade e garantias consitucionais, os anos da ditadura militar, quando os militares, alegando riscos institucionais, acabaram com os direitos e as garantias do cidadão brasileiro.

No período que se sucedeu a esse movimento, numa espécie de contra-reforma, procurou-se, com a edição de uma nova constituição (1988), assegurar-se ao povo uma grande quantidade de direitos e de garantias constitucionais. O foco, estava evidenciado, era evitar a repetição dos lamentáveis eventos que retiraram as liberdades e as garantias do povo brasilerio. Quase como num movimento pendular, saiu-se de um extremo para o outro, do nada pode para o tudo pode, do sem garantias para o com garantias totais.

Ocorre que, muitos se esqueceram disso, garantias geram direitos para todos, para os bons e para os maus cidadãos. A nova constituição trouxe benefício para os cidadãos de bem, mas trouxe, principalmente, enormes beneficios na área do direito para o marginal. Todo o rito processual, partindo-se da ocorrência de qualquer delito, ficou atravancado pela enorme quantidade de garantias individuais asseguradas pelo novo texto constitucional. Garantias, diga-se de passagem, todas corretas e devidas, mas completamente fora da realidade em que vive o país.

Fora da realidade social do país, onde grassa a miséria, a má distribuição de renda, onde não há um projeto educacional sério e de longo alcance (o último parece ter sido os CIEP'S, que acho foram rapidamente desativados porque corriam o risco de dar certo!). Fora da realidade nacional porque não há empregos para todos, não há como se manter a dignidade da pessoa humana com o trabalho. Fora da realidade, finalmente, porque os órgãos policiais são mal pagos - e via de conseqüência -, mal recrutados, treinados, mal controlados e mal utilizados.

Entregou-se o motivo, a exclusão social, enfraqueceu-se a autoridade estatal, entregando-se a arma e a "chave da cadeia", a liberdade, entregou-se um bom motivo, a falta de perspectiva, a falta de empregos, entregou-se um mau exemplo a ser seguido, um governo dominado pela corrupção e pela impunidade. Resultado: 13 de maio de 2006.

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