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Domrs
5 mai 2006

O que quereis, afinal, sr. presidente?

O presidente da Bolívia, o índio cocaleiro, Evo Morales, editou um decreto em que nacionalizou todo o processo de extração, refino e distribuição do petróleo boliviano. Em relação às 54 empresas estrangeiras que atualmente exploram o petróleo no país, o decreto deu um prazo de 4 meses para que acertem uma fórmula de ressarcimento com a YPFB - a estatal boliviana do petróleo -, findos os quais, as empresas estrangeiras serão sumariamente expropriadas na condição em que se encontrarem.

A estatal brasileira, Petrobrás, que possui duas refinarias em território boliviano, país onde investiu 1,5 bilhão de dólares, declarou através do seu presidente que não aceitaria os termos unilaterais do governo boliviano e tormaria algumas medidas; dentre elas a suspensão imediata de todos os investimentos na Bolívia, e a exigência de que os contratos com o governo Boliviano sejam honrados pelo atual governo.

O Presidente boliviano declarou aos jornais que não irá aceitar a "chantagem brasileira", expressa no corte aos investimentos na Bolívia. Vamos em partes: o presidente boliviano tem todo o direito de nacionalizar os recursos petrolíferos do seu país, essa é uma decisão soberana; há, entretanto, que se respeitar os contratos pré-existentes, que não podem ser negociados nessa base "unilateral", pois aí não seria uma justa negociação, mas uma imposição.

A atitude do presidente da Petrobrás, que vê em risco, pela própria decisão boliviana, o capital investido pela empresa no país vizinho, é mais do que certa, é sábia; quem recomendaria continuar investindo mais capital sob a ameaça de perder tudo o que já foi investido? Essa atitude do Presidente da Bolívia é, no mínimo, risível, o que deseja? Que a estatal continue investindo para depois, quando expropriar, o botim, o achaque seja maior? O que quereis, afinal, sr. presidente? O Brasil não faz mais o escambo de espelhinhos e outras quinquilharias por ouro!

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